Chocolate Belga - O Porquê da Fama

chocolate belga
Loja "The Chocolate Line", na Antuérpia - Bélgica
Vamos falar do famoso chocolate belga?
Bem, na primeira vez que fui à Bélgica a passeio, fiquei decepcionada, comi uns chocolatinhos muito normais. Mas agora, morando e conhecendo um pouco mais à fundo, mudei de ideia. São mesmo uma maravilha!

Ok, mas por que o chocolate belga é tão famoso? Ah, você não sabia que ele era famoso? Sim!!! É uma das especialidades belgas, assim como a cerveja.
Primeiro, um pouco da História: Na Europa, o cacau foi introduzido pela Espanha, nas épocas posteriores ao “descobrimento” da América. Inicialmente era usado como uma mistura tonificante contra a tosse e dores estomacais, vendida em farmácias.

Na Bélgica, Jean Neuhaus coloca o chocolate na moda, vendendo-o em sua “confeitaria farmacêutica” situada na prestigiadas Galeries Royales Saint-Hubert, em Bruxelas, funcionando ali desde 1857. No mesmo ano de sua morte, em 1912, seu neto inventa o bombom recheado Praliné, e em 1915, a mulher de seu neto inventa o Ballotin, caixinhas que foram usadas para substituir os cones de papel onde antes eram vendidos os bombons. Novos produtores criaram outras marcas e hoje o chocolate tem um importante papel na economia belga contando com mais de 2000 chocolatiers no país, entre pequenos e grandes fabricantes.

chocolate belga

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Edição comemorativa de 100 anos de invenção do ballotin.
Mas, qual o segredo do chocolate belga? O segredo está na qualidade das várias etapas de sua fabricação, desde a seleção dos melhores ingredientes a uma fabricação precisa e quase artesanal das misturas, utilizando máquinas de última geração.


chocolate belga

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Um exemplo pode ser visto na dosagem do cacau, considerado um ingrediente supernutritivo. No chocolate belga, a porcentagem é de 43%, bem maior com relação aos 35% de outros chocolates. E, apesar de na União Européia ser aceita a introdução de gordura vegetal na mistura,  os produtores belgas seguem respeitando as normas de elaboração artesanal, garantindo assim um produto 100% manteiga de cacau. Além disso, contém menos açúcar, o que os torna mais saudáveis e sem adição de conservantes.

Para manter a qualidade, são usados os grãos mais puros do cacau, e o processo deve ser adequado, ou do contrário, darão ao chocolate uma textura arenosa, diferente da consistência cremosa e lisa.

A composição do chocolate belga é regulada por lei desde 1884, e para ser considerado belga, deve ser produzido em terras belgas! (Claro, né!!) Parece óbvio, mas o que quero explicar é que os ingredientes podem ser de outras partes do mundo.

chocolate belga

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Atualmente, a produção está em 172 mil toneladas de chocolate ao ano, a maioria para exportação. Para o Brasil, a exportação aumentou de 22% em 2013, para 34% em 2014. A média de consumo anual por pessoa na Bélgica é um pouco controversa, já vi fontes que indicam desde os 6kg aos de 11kg. de chocolate. Mesmo assim, bem abaixo dos  2,5 kg ao ano no Brasil.

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chocolate belga
Minha caixinha de bombons Leônidas, devida e rapidamente devorados.
Além da economia, movimenta também a cultura do país, com seus museus, rotas e passeios de degustação e oficinas onde o visitante pode elaborar o próprio chocolate.
  
Existem dois tipos específicos de chocolate belga:

Os pralinés, que são os chocolates com casca dura recheados com manteiga, licores, creme de frutas ou outro tipo de pastas e frutos secos.

E as trufas, bombons cremosos que são feitos da mistura do chocolate sólido e cremoso.
 
chocolate belga
Praliné com recheio de licor de abacate.

Entre as principais marcas estão nomes como Neuhaus, Barry Callebaut (que possui a maior fábrica de chocolates do mundo, na idade de Wieze), Jean Galler, Belcolade, Côte d’Or, Godiva, Burie e Leônidas, além das inúmeros fabricantes caseiros.

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Seja qual for sua opção, se o que você busca é qualidade e sabor (hummmmmm… muito sabor!), pode e deve optar pelo chocolate belga. Só o precinho que costuma ser "salgado" (gostou do trocadilho?).

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Este documento do Visit Flanders, em português, possui explicações sobre processo de fabricação, endereços de chocolatarias, museus e Workshops, espalhados por Bruxelas e região flamenga.


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